de festas assim, gosto eu
quinta-feira, novembro 30, 2006
hoje cantam-se os parabéns aqui!
de festas assim, gosto eu
de festas assim, gosto eu
Os timings da justiça
Muito se tem escrito, falado, debatido e opinado sobre a justiça e o seu funcionamento em Portugal. Não estou suficientemente informado para poder participar na discussão, mas há coisas que, como cidadão comum, claramente me chocam.
Ontem ouvi que, em entrevista a uma revista, alguém se tinha confessado como autor da bomba que provocou o atentado de Camarate, mas que o respectivo prazo de prescrição já tinha sido ultrapassado, pelo que o processo para a justiça portuguesa continuaria encerrado.
A declaração vale assim para a História – como disse o advogado Ricardo Sá Fernandes, representantes dos familiares das vítimas – mas não para a justiça em Portugal.
Ontem ouvi que, em entrevista a uma revista, alguém se tinha confessado como autor da bomba que provocou o atentado de Camarate, mas que o respectivo prazo de prescrição já tinha sido ultrapassado, pelo que o processo para a justiça portuguesa continuaria encerrado.
A declaração vale assim para a História – como disse o advogado Ricardo Sá Fernandes, representantes dos familiares das vítimas – mas não para a justiça em Portugal.
Ou seja, depois de 25 anos sem que a justiça tenha esclarecido o assunto, se não fosse um dos alegados envolvidos fazer uma tal declaração (depois de saber da prescrição, claro !), continuaria a haver a dúvida daquilo que teria provocado o acidente.
terça-feira, novembro 28, 2006
Labirintos burocráticos
Sabem o que têm em comum a crónica de José António Saraiva na revista Tabu (suplemento do Sol) do último sábado (n.º 11, 25.11.2006) e a coluna de Eduardo Prado Coelho no Público de hoje (28.11.2006) ?
A primeira intitula-se "Labirinto no Aeroporto" e descreve o labirinto que o autor teve de percorrer no Aeroporto de Lisboa para levantar uma encomenda recebida por via aérea de um país exótico; a segunda tem por título "Tubinhos" e explica a odisseia do autor para fazer umas análises ao sangue.
Ambas retratam o burocracia que envolve os nossos serviços públicos: o primeiro caso envolveu três idas ao aeroporto, a última das quais durando quase todo um dia, e a passagem por 12 balcões e guichets; o segundo explica como para fazer umas análises se passa por 6 pessoas e algo que poderia ser rápido se transforma em duas horas e meia !
É este o país que temos ! Brincamos com o Simplex mas há muitos sítios onde ele se podia aplicar.
segunda-feira, novembro 27, 2006
Leve o telemóvel ao concerto
Um forte magistral, um piano subtil, um pianíssimo mágico e logo o HORROR: esqueceu-se de desligar o seu telemóvel. Haverá pelo menos um concerto em que esta situação não se transformará num pesadelo. No "Concertino for Cellular Phones and Orchestra", os espectadores são instantemente convidados a ligar o seu telefone. Sinais verdes e vermelhos accionados pelo maestro indicarão ao público, dividido em vários grupos, quando devem fazer soar os seus toques. A composição de David Baker abrirá a 20ª edição de música clássica do "Chicago Sinfonieta". Los Angeles Times, Los Angeles
In: Courrier Internacional, "Insólito" de 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2006
Pagava mesmo para assistir! Os telemóveis finalmente oferecendo-nos uma melodia!
Quem tem uma ideia destas pode mesmo chamar-se, na verdadeira acepção, "Um idiota"...
In: Courrier Internacional, "Insólito" de 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2006
Pagava mesmo para assistir! Os telemóveis finalmente oferecendo-nos uma melodia!
Quem tem uma ideia destas pode mesmo chamar-se, na verdadeira acepção, "Um idiota"...
domingo, novembro 26, 2006
Esquecer o essencial
Tudo, em Portugal, é "do momento" e de preparação instantânea e consumo imediato.
Clara Ferreira Alves, Única, n.º 1776, 11.11.2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Rómulo Gedeão
Conheci António Gedeão como Rómulo de Carvalho. Nos corredores e pátios do Liceu de Pedro Nunes a sua figura austera impunha respeito, mas também o seu por vezes enigmático sorriso irradiava simpatia à sua volta. Era um dos muitos Senhores que nessa altura ensinavam no Liceu e que moldaram indelevelmente a formação de quem teve a sorte de ser seu aluno. Morando, tal como ele, em Campo de Ourique, muitas vezes os nossos caminhos para o Liceu se cruzaram. Não foi com ele que aprendi Química, mas talvez ele tenha sido decisivo para o caminho profissional que depois tomei quando, em consequência do interrogatório que me fez em plena prova oral do exame do então 7.º ano – ainda me lembro, algo à volta das fórmulas do ácido fórmico e do ácido acético - apanhei o primeiro chumbo da minha vida e o “convite” para repetir a disciplina em Outubro. No fundo foi bom porque isso me permitiu ter uma nota a Físico-Químicas que me dispensou do então exame de aptidão e entrar directamente no Técnico.
Encontrei António Gedeão tempos depois nas páginas de um volume da Lírica Portuguesa que a Portugália editava. Fascinou-me a linguagem técnica e científica aplicada nos poemas:
Carpelos e estames de aço,
de longas e brunidas hastes,
articulam-se em abraço.
Rasgam os ventres e o espaço
escavadoras e guindastes.
(“Ode Metálica”, Teatro do Mundo, 1956)
Apreciei o ritmo de muitas das suas obras:
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede
pedreiros de profissão,
de sombrias cataduras,
como bisontes lendários,
modelam ternas figuras
na brutidão dos calcários.
(“Poema da Pedra Lioz”, Teatro do Mundo, 1956)
E sobretudo a crença na liberdade e na afirmação de cada um, muito sensível para quem andava na casa dos vinte nos anos sessenta:
Venho da terra assombrada
do ventre da minha mãe,
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença ! Com licença !
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
(“Fala do Homem Nascido”, Teatro do Mundo, 1956)
Não me admirei por isso quando os trovadores começaram a cantar os seus poemas e passámos a ouvir a “Lágrima de Preta”, a “Calçada de Carriche”, o “Poema da Malta das Naus” ou a “Pedra Filosofal”.
A António Gedeão poeta / Rómulo de Carvalho professor, no centenário do seu nascimento, um agradecimento de alguém que sente que ele/eles lhe disseram alguma coisa na vida.
Encontrei António Gedeão tempos depois nas páginas de um volume da Lírica Portuguesa que a Portugália editava. Fascinou-me a linguagem técnica e científica aplicada nos poemas:
Carpelos e estames de aço,
de longas e brunidas hastes,
articulam-se em abraço.
Rasgam os ventres e o espaço
escavadoras e guindastes.
(“Ode Metálica”, Teatro do Mundo, 1956)
Apreciei o ritmo de muitas das suas obras:
Álvaro Góis,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede
pedreiros de profissão,
de sombrias cataduras,
como bisontes lendários,
modelam ternas figuras
na brutidão dos calcários.
(“Poema da Pedra Lioz”, Teatro do Mundo, 1956)
E sobretudo a crença na liberdade e na afirmação de cada um, muito sensível para quem andava na casa dos vinte nos anos sessenta:
Venho da terra assombrada
do ventre da minha mãe,
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença ! Com licença !
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
(“Fala do Homem Nascido”, Teatro do Mundo, 1956)
Não me admirei por isso quando os trovadores começaram a cantar os seus poemas e passámos a ouvir a “Lágrima de Preta”, a “Calçada de Carriche”, o “Poema da Malta das Naus” ou a “Pedra Filosofal”.
A António Gedeão poeta / Rómulo de Carvalho professor, no centenário do seu nascimento, um agradecimento de alguém que sente que ele/eles lhe disseram alguma coisa na vida.
quinta-feira, novembro 23, 2006
O oitavo adiamento
O Público informa-nos hoje de que a CP falhou pela oitava vez a promessa de ligação entre Lisboa e Porto em duas horas e meia. As condições técnicas já existem mas a Refer (dona da infraestrutura) não permite a entrada em vigor dos horários novos por ... os mesmos não lhe terem sido apresentados com 90 dias de antecedência.
Vou sugerir ao Courrier Internacional que inclua esta na sua secção de "Insólitos"!!!
Vou sugerir ao Courrier Internacional que inclua esta na sua secção de "Insólitos"!!!
quarta-feira, novembro 22, 2006
Portugal subiu um lugar no ranking
Esta frase que ouvi hoje à tarde num noticiário da TSF fez despertar a minha atenção.
Seria na competividade ?
Seria na economia ?
Seria no nível de vida ?
Seria no poder de compra ?
Poucos segundos depois o mistério esclarecia-se: era no futebol ! Graças à vitória sobre o Cazaquistão, Portugal subiu de 9.º para 8.º lugar no ranking da FIFA...
terça-feira, novembro 21, 2006
No dia-a-dia, o relógio
É possível sermos senhores do nosso tempo e parar um pouco este ritmo alucinante que nos embriaga. Um ditado muito simples era citado em situações concretas, mas que pode perfeitamente ser aplicado metaforicamente aqui. "Querer meter o Rossio na Rua da Betesga"!
Há que escolher o que realmente nos faz verdadeiramente felizes - a longo prazo - e ser capaz de olhar à nossa volta e a cada momento interrogarmo-nos... Não é fácil, mas é possível. E como inspiração o lamento de Plauto, dramaturgo romano em 200 a.C.:"Que os Deuses confundam o homem que primeiro descobriu como distinguir as horas - confundam também aquele que neste lugar pôs um relógio de sol para cortar e talhar os meus dias tão miseravelmente em bocadinhos!"Citação na revista "Xis"de 28 de Outubro de 2006.
É mesmo um desabafo, mas que dá que pensar dá.
E é bom lembrar, vem aí o NATAL.
Há que escolher o que realmente nos faz verdadeiramente felizes - a longo prazo - e ser capaz de olhar à nossa volta e a cada momento interrogarmo-nos... Não é fácil, mas é possível. E como inspiração o lamento de Plauto, dramaturgo romano em 200 a.C.:"Que os Deuses confundam o homem que primeiro descobriu como distinguir as horas - confundam também aquele que neste lugar pôs um relógio de sol para cortar e talhar os meus dias tão miseravelmente em bocadinhos!"Citação na revista "Xis"de 28 de Outubro de 2006.
É mesmo um desabafo, mas que dá que pensar dá.
E é bom lembrar, vem aí o NATAL.
sexta-feira, novembro 17, 2006
TSF...
Confesso desde já ser ouvinte da TSF desde que ela existe. É ela que me acorda todas as manhãs e que me diz o que de importante aconteceu no Mundo. Pelo menos o que de importante aconteceu segundo os seus critérios...
E estes às vezes deixam-me perplexo. Hoje fiquei a saber - e a notícia foi repetida em todos os noticiários que ouvi - que morreu Puskas, um futebolista húngaro que fez carreira nomeadamente no Real Madrid nos tempos em que o Benfica foi campeão europeu. Até aí tudo bem. É uma notícia. O que já me espantou foi que tenha sido preciso, hoje à hora de almoço, folhear o Público, para saber que também tinha morrido Milton Friedman, o "papa do liberalismo" e cujas teorias influenciaram governos como o de Reagan e de Thatcher. Na TSF não ouvi a notícia.
Será que a TSF anda a procura de audiências e que entre Puskas e Friedman o primeiro tem mais ouvintes ?
quinta-feira, novembro 16, 2006
termo de comparação
- como quando, por vezes, sinto o coração pulsar num qualquer outro músculo do corpo -
terça-feira, novembro 14, 2006
Guinness
Li esta recentemente numa revista: Sabem o que têm em comum José Sócrates, Marques Mendes, Jerónimo de Sousa e Ribeiro e Castro (penso que não me enganei em os indicar por ordem da representatividade parlamentar dos partidos de que são líderes)? E, já agora, também Miguel Portas ?
Pois são todos adeptos do Benfica (não sei se serão sócios). Talvez este facto - clube que tem como adeptos os líderes de todos os principais partidos políticos - seja um recorde a registar também pelo Guinness World Records a par do recente reconhecimento como o clube com o maior número de sócios do Mundo...
Pois são todos adeptos do Benfica (não sei se serão sócios). Talvez este facto - clube que tem como adeptos os líderes de todos os principais partidos políticos - seja um recorde a registar também pelo Guinness World Records a par do recente reconhecimento como o clube com o maior número de sócios do Mundo...
Enquanto não se regressa às vitórias desportivas, pois fica como consolação esta transversalidade que é conseguida a nível de políticos...
segunda-feira, novembro 13, 2006
para mamãe à propos de um almoço ou de como as pessoas perderam a noção do que é importante
de uns tempos pra cá
os móveis, a geladeira
o fogão, a enceradeira
a pia, o rodo, a pá
coisas que eu quis comprar
deu vontade de vender
e ficar só com você
isso de uns tempos pra cá
de uns tempos pra cá
o carro, a casa, o som
tv, vídeo, livros, bom...
o que em tese faz um lar
admito eu quis comprar
começo a me arrepender
pra ficar só com você
isso de uns tempos pra cá
coisas são só coisas
servem só pra tropeçar
têm seu brilho no começo
mas se viro pelo avesso
são fardo pra carregar
de uns tempos pra cá
o pufe, a escrivaninha
sabe a mesa da cozinha?
lençóis, louça e o sofá
não precisa se alterar
pensei em me desfazer
pra ficar só com você
isso de uns tempos pra cá
do incontornável chico césar
sexta-feira, novembro 10, 2006
Sugestão para um Bartoon ...
Eis uma sugestão de diálogo para um Bartoon do Luís Afonso.
A - Os números da greve são muito diferentes ...
A - ... O Governo fala em 14% e os Sindicatos em 80% !
B - ???
B - Afinal sempre é verdade que os portugueses tem dificuldades na matemática !!!
A - Os números da greve são muito diferentes ...
A - ... O Governo fala em 14% e os Sindicatos em 80% !
B - ???
B - Afinal sempre é verdade que os portugueses tem dificuldades na matemática !!!
Vermelho, verde, dourado - são as cores de Natal !
Péssimo. Hoje estou mesmo zangada, ou melhor, decepcionada com a mania das modernidades! Não sei quem é o responsável pela minha zanga - mas isso também não está em causa agora.
Subia a Av. da Liberdade, de 9, e, meu Deus!, a evocar já as festividades natalícias, nas lindas árvores verdes que a mãe-natureza nos oferece, umas horrorosas bolas,de tamanhos diferentes, não sei de que material feitas, de cor azul (azulão?) e brancas (pretenderão ser prateadas?) dependuradas, coitadas parece que foram ali abandonadas à sua sorte...
As tradições não têm de ter mudanças de conteúdo!!! Usem a criatividade com imaginação, mas deixem o Natal - VERMELHO, VERDE E DOURADO! Custa muito? Afinal decoram com "bolas" como sempre e também existem ESTRELAS. E, desculpem, apetece-me dizer: Bolas, quando descer ou subir a Av.da Liberdade tenho de o fazer de olhos fechados, e visionar o Natal nas suas cores.
Subia a Av. da Liberdade, de 9, e, meu Deus!, a evocar já as festividades natalícias, nas lindas árvores verdes que a mãe-natureza nos oferece, umas horrorosas bolas,de tamanhos diferentes, não sei de que material feitas, de cor azul (azulão?) e brancas (pretenderão ser prateadas?) dependuradas, coitadas parece que foram ali abandonadas à sua sorte...
As tradições não têm de ter mudanças de conteúdo!!! Usem a criatividade com imaginação, mas deixem o Natal - VERMELHO, VERDE E DOURADO! Custa muito? Afinal decoram com "bolas" como sempre e também existem ESTRELAS. E, desculpem, apetece-me dizer: Bolas, quando descer ou subir a Av.da Liberdade tenho de o fazer de olhos fechados, e visionar o Natal nas suas cores.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Estamos sempre a tempo...
Vi hoje o filme "Uma Verdade Inconveniente". E reconheço que saí da sala de cinema bastante perplexa - confio na informação transmitida - com a indiferença e resistência ainda existentes em relação aos factos desastrosos que graçam no nosso Planeta.
Pondo de lado:campanhas eleitorais, fundamentalismos e dramatismos, decisões dos políticos espalhafatosas com fins muitas vezes apenas lucrativos, penso que o tema merece reflexão séria. Quem ainda não viu o filme e o possa fazer (mesmo que não goste da voz do Al Gore, que é o meu caso) deixo o meu voto para o fazerem.
E todos podemos dar o nosso contributo dia-a-dia,hora a hora, minuto a minuto,começando nos nossos hábitos pessoais, depois nos extensivos à família e manutenção da casa, nos tranportes, quando tomamos um café, quando vamos ao supermercado,quando vamos passear, quando temos a coragem de afirmar a nossa posição e opções num sentido construtivo mesmo que não seja o politicamente correcto e nos pareça que as críticas nos vão atingir em campos desconhecidos. E termino com um ditado africano citado no filme: " Reza, mas mexe-te!"
Pondo de lado:campanhas eleitorais, fundamentalismos e dramatismos, decisões dos políticos espalhafatosas com fins muitas vezes apenas lucrativos, penso que o tema merece reflexão séria. Quem ainda não viu o filme e o possa fazer (mesmo que não goste da voz do Al Gore, que é o meu caso) deixo o meu voto para o fazerem.
E todos podemos dar o nosso contributo dia-a-dia,hora a hora, minuto a minuto,começando nos nossos hábitos pessoais, depois nos extensivos à família e manutenção da casa, nos tranportes, quando tomamos um café, quando vamos ao supermercado,quando vamos passear, quando temos a coragem de afirmar a nossa posição e opções num sentido construtivo mesmo que não seja o politicamente correcto e nos pareça que as críticas nos vão atingir em campos desconhecidos. E termino com um ditado africano citado no filme: " Reza, mas mexe-te!"
Pobre Pai Natal...
Interrompo a série de posts que tenho vindo a fazer sobre a Sicília, para chamar a atenção para a "expulsão" a que o Pai Natal foi sujeito na Venezuela. O Público de hoje informa-nos a toda a largura da sua última página e por baixo do sempre pertinente Calvin & Hobbles que o presidente Hugo Chávez acaba de proibir as imagens do Pai Natal nos edifícios públicos na Venezuela. E nesta sua desvairada sanha não poupa também as botas ou meias vermelhas e os pinheiros enfeitados ...
Mas - homem previdente - se por um lado tira o Pai Natal do circuito, por outro dá aos funcionários públicos um subsídio de Natal em triplicado e antecipado (normalmente é apenas pago em meados de Dezembro) que por acaso surge um mês antes das eleições presidenciais de 3 de Dezembro em que Chávez pretende obter um terceiro mandato presidencial consecutivo.
Ora digam lá se a política não é uma ciência exacta !
segunda-feira, novembro 06, 2006
Fusão de estilos ...
Devido à sua posição estratégica a Sicília foi objecto de vagas de dominações estrangeiras. Disseram-me que foram 13 as ondas sucessivas de domínios, passando por fenícios, cartagineses, gregos, romanos, bárbaros, bizantinos, árabes, normandos, aragoneses, castelhanos, e por governantes oriundos das Casas de Hohenstafen, Anjou, Aragão, Bourbon e Sabóia. O resultado é um interessante "caldo de culturas" ou, se se quiser, a consideração da Sicília como um "melting pot" onde se fundem estilos artísticos e tradições que a tornam de características únicas. Em Palermo, a Igreja de S. Cataldo, junto à de Santa Maria dell'Ammiraglio - a conhecida Martorana - remonta ao século XII e apresenta este único mix de normando e de árabe ...
sábado, novembro 04, 2006
Cozinha siciliana...
... provada na Antica Focacceria S. Francesco em Palermo. Degustação de uma série de coisas boas, chamadas de Il gusto italiano nel mondo.
Tudo começou em Olive cunzate, Tocchetti di ragusano, Salame di Sant'Angelo di Brolo, panelline, crocchè di patate e di latte, sfincione, extra mignon di milza e extra mignon di sarde a beccafico, e terminou num Dessert al vassoio.
Pelo meio o macco di fave e finocchietti, o macco de ceci e gamberoni e o macco di polpi murali, com este aspecto magnífico.
Tudo começou em Olive cunzate, Tocchetti di ragusano, Salame di Sant'Angelo di Brolo, panelline, crocchè di patate e di latte, sfincione, extra mignon di milza e extra mignon di sarde a beccafico, e terminou num Dessert al vassoio.
Pelo meio o macco di fave e finocchietti, o macco de ceci e gamberoni e o macco di polpi murali, com este aspecto magnífico.
quarta-feira, novembro 01, 2006
O templo dos Dioscuros, símbolo de Agrigento
Agrigento, a antiga Akragas, remonta ao ano de 581 aC. O perfil do templo dos Dioscuros (os gémeos Castor e Pollux), um dos muitos situado no Vale dos Templos que separa a cidade actual do mar, é bem um dos símbolos da cidade.
Os Dioscuros eram protectores dos marinheiros e dos sem abrigo. Nasceram mortais, filhos da princesa Leda que os concebeu na mesma noite com Zeus (Pollux) e com o seu marido Tindaro (Castor). Hoje são recordados no signo e na constelação dos Gémeos.