As lojas chinesas existem por todo o Portugal. Não há cidade, vila ou aldeia que não tenha uma. E nas grandes cidades posicionam-se umas junto das outras, reproduzindo-se a uma velocidade estonteante.
Agora parece estar em curso uma outra vertente desta invasão, bastante mais sofisticada e menos visível. Uma newsletter de assuntos de logística que recebo por razões profissionais, entre as cinco notícias ontem publicadas referia as seguintes duas:
- Os chineses são instalar um centro de distribuição em Lisboa de materiais de construção chineses que visa fazer de Portugal uma plataforma de distribuição a partir da qual aqueles produtos poderão entrar mais facilmente nos mercados europeus e africanos;
- A China Shipping Container Lines vai assinar um contrato com a Administração do Porto de Sines para aqui iniciar actividades, culminando um protocolo sobre transporte maritimo que vai ser assinado entre os dois países em Abril próximo.
Isto significa que a invasão chinesa não pára: depois dos peões de infantaria representados pelas lojas que encontramos a cada canto, vamos agora ter a invasão de "tropas" mais especializadas. Sendo voz corrente ser aquele país uma origem privilegiada de produtos de contrafacção, em que as regras mínimas de propriedade industrial não são respeitadas, só espero que os materiais de construção que aqui vão chegar sejam devidamente fiscalizados para ver se cumprem os requisitos das normas técnicas em vigor em Portugal ou na Europa.
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