sábado, abril 28, 2007

Separação de redes

Os jornais noticiam que o spin off da PT Multimédia foi aprovado. Sob o ponto de vista dos consumidores é essencial a separação das redes de cabo e de cobre de que tanto se falou durante a OPA Sonae/PT e que constituía uma das condições da AdC para que a operação fosse possível. A Anacom também defende a separação como essencial à existência de concorrência no sector.
A empresa por iniciativa própria, decidiu fazer essa separação. Até aqui tudo bem, se não estivéssemos em Portugal. É que, nestas circunstâncias qualquer dos reguladores não têm poder para intervir e acompanhar o processo. Por isso Paulo Ferreira, intitula o editorial do Público de hoje "Diz que é uma espécie de separação de redes" e lembra que PT e PT Multimédia vão partilhar o mesmo núcleo accionista. E acrescenta que "não é fácil acreditar que quem sempre evitou a concorrência vá agora promovê-la entre o seu bolso direito e o esquerdo." O tema, para ter uma solução inequívoca, só pode ser resolvido politicamente, se o Governo obrigar a uma separação que vá para além da fachada. E será que este Governo o quer fazer ?

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quinta-feira, abril 26, 2007

Reviver heróis da juventude

A Pública, distribuída aos domingos com o Público, fez-me no último domingo recuar uns bons anos (diria melhor umas décadas) ao recordar os livros de Emílio Salgari. E de repente vieram-me à memória as aventuras de Sandokan e de outros dos heróis cujas histórias se liam na altura: Texas Jack, Buffalo Bill, o Capitão Morgan. E também as incontornáveis revistas semanais do Cavaleiro Andante e do Mundo de Aventuras onde conheci o Tintin, o Blake e Mortimer e o Flash Gordon entre tantos outros. Cujas histórias se iam desenvolvendo todas as semanas pois cada página da revista era dedicada a uma história que continuava na semana seguinte...

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quarta-feira, abril 25, 2007

Rever "Mon Oncle"...

... foi o que fiz neste 25 de Abril. Uma cópia restaurada, meio século depois do filme original, deu para tomar consciência de que há filmes intemporais, cuja mensagem não se desactualiza e permanece.

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sábado, abril 21, 2007

Profissão: actividade partidária

sexta-feira, abril 20, 2007

O folhetim continua...

... Todos os dias há um episódio novo. Hoje é Armando Vara que recorreu a um instituto público para fazer obras numa casa particular. Como pano de fundo aparece sempre António Morais, professor de várias cadeiras da licenciatura de engenharia civil da Universidade Independente. A comunicação social está a esmerar-se nas suas investigações!

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quarta-feira, abril 18, 2007

Retrato Social

Consegui finalmente ver pela primeira vez um episódio do Retrato Social feito por António Barreto para a RTP-1. Uma hora de uma bela lição sobre os imigrantes em Portugal nas últimas décadas e as suas consequências. Lamento ter perdido os três primeiros programas. Será que é serviço público repeti-los ou repetições é apenas para o Dança Comigo ?

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quarta-feira, abril 11, 2007

Lobos, ratos e morcegos

Li esta notícia no Jornal de Notícias -Edição Norte de 04.04.2007. Como não queria deixar de a expor aqui no Country, procurei um link que permitisse partilhá-la com que aqui vem. Encontrei-o neste Diário de Trás-os-Montes.
Leiam ! Não percam !!
Se há por lá tantos lobos, ratos e morcegos talvez seja mais fácil ordenar a deslocação total da população humana do concelho do Vimioso para onde possam ter estradas sem incomodar a fauna existente.
E depois queixamo-nos da desertificação do interior...

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terça-feira, abril 10, 2007

Privatização televisiva

O deputado do PSD Agostinho Branquinho defendeu a privatização da RTP. Ao comparar as programações oferecidas pela SIC e TVI com telenovelas e reality shows tipo Belas e Mestres com as da RTP, essa eventual privatização contribuirá afinal para a degradação da qualidade dos programas oferecidos. Será mais um caso concreto de nivelamento por baixo em que o consumidor vai perder. Porque a lógica das audiências será a única e inexorável regra a atender.

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segunda-feira, abril 09, 2007

Sugestão...

... ao ministro da Economia Manuel Pinho para que faça a auto-estrada Porto-Lisboa, sem batedores da GNR, como qualquer cidadão normal, numa 2.ª feira de Páscoa. Certamente no final perceberia pelo menos duas coisas:
1.ª Que a A8 é uma verdadeira alternativa à A1 no percurso Leiria-Lisboa e que portanto foi uma tremenda asneira a sua decisão que reverteu a decisão da Autoridade da Concorrência que se opunha à aquisição pela Brisa (concessionária da A1) das Auto-estradas do Atlântico (concessionária da A8).
2.ª Que a bem da defesa dos consumidores (que também é da tutela do Senhor Ministro que até tem um Secretário de Estado da Defesa do Consumidor preocupado com os arredondamentos à milésima das taxas de juro dos bancos) é urgente (tão urgente que já deveria ter sido feito há muito tempo) alterar o Contrato de Concessão da Brisa (ou outro qualquer documento que impeça a solução) no sentido dos consumidores serem ressarcidos dos prejuízos de não poderem usufruir o serviço de utilização das auto-estradas a 100% pelos ininterruptos troços em obras que sempre existem.

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quinta-feira, abril 05, 2007

Groundforce

Para mim Groundforce é sinónimo da degradação do serviço de assistência em terra da TAP. Desde que aquela empresa foi criada, os passageiros são cada vez menos tratados como pessoas. E a degradação da qualidade do serviço é patente. Ás vezes são pequenas coisas, mas que fazem a diferença. Não me admiro assim da notícia de que a TAP é a segunda pior companhia a perder malas. E sinto-me com sorte: até agora a minha única razão de queixa objectiva vai para a KLM...

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Parabéns aos Gatos...

Refiro-me aos Gato Fedorento. A sua resposta ao cartaz do PNR é uma forma de mostrar como as ideias se podem combater em liberdade e democracia, sem cair nos extremos das proibições que já se ouvem advogar por aí.

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Filigranes

Seguindo recomendações que ouvi e por algo que também li aqui, aproveitei a manhã de domingo em Bruxelas para conhecer Filigranes, um conceito de livraria com ambiente acolhedor e não opressivo que nos faz sentir muito melhor do que no ambiente "industrializado" de uma qualquer FNAC. Ambiente para que concorrem também os belos pastéis de nata e o café expresso. A cada canto, pequenas escadas, permitem chegar às prateleiras mais altas. Filigranes abre 365 dias por ano e naquela manhã de domingo estava cheia. À atenção de quem defende o modelo de encerramento de todo o comércio ao domingo...

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segunda-feira, abril 02, 2007

O que nos separa da Europa...

Regressado de uma viagem a Bruxelas dei-me a fazer uma simples comparação de situações:
Situação 1 - Chegada ao aeroporto de Bruxelas: as portas 60 e qualquer coisa, onde ficam os aviões TAP, distam uns bons 20 minutos a pé da sala de recolha de bagagens e da saída. Sai-se do avião, faz-se aquele percurso e quando se chega ao tapete respectivo (por acaso é sempre o 8, no fim da sala e que obriga a um percurso maior) as bagagens já lá rodam à nossa espera. É pegar nelas, mais um pequeno percurso até ao taxi e menos de meia hora depois de sair do avião está-se a caminho da cidade.
Situação 2 - Chegada ao aeroporto de Lisboa: o avião aterra às 21.50 e estaciona às 21.53 numa das mangas da aerogare. Sublinho o facto de se tratar de uma manga por desta vez não ter ficado numa das longinquas plataformas que dá direito a viagem de autocarro. Saída até à sala de recolha de bagagens onde às 22.05 está indicado o tapete 5 como o das bagagens de Bruxelas. Uma vez aí chegado a constatação de que o mesmo está ainda parado e que nele irão aparecer as malas do vôo de Barcelona às 22.13 e do vôo de Bruxelas às 22.15. Admiro-me como tal é possível: dois minutos para despachar as malas de um avião não é crível a não ser que: (a) ou haja poucas malas no avião de Barcelona ou (b) as malas de Bruxelas comecem a ser postas no tapete, misturadas com as de Barcelona. Tratando-se de domingo à noite e de pelo menos o avião de Bruxelas vir atestadinho de passageiros, a primeira situação é improvável e como a segunda será muito complicada para ser adoptada estamos presumívelmente perante uma situação clara de informação enganosa para o utente. Espera-se para ver o que acontece: as malas de Barcelona começam a chegar às 22.20 e terminam às 22.35; seguem-se sete longos minutos sem malas a passar e em que até (certamente para poupança de energia) o tapete para. às 22.42 - portanto 27 (!) minutos depois da hora indicada no placard e 35 minutos de espera junto ao tapete - começam a chegar as malas de Bruxelas. As minhas chegam às 22.45 - são das primeiras. Segue-se o percurso até aos taxis das partidas (sim, sei que os das chegadas são mais próximos, mas de há muito tempo que deixei de os utilizar, para não ser contínuamente maltratado...) e finalmente às 22.55 - uma hora e cinco minutos depois do avião ter aterrado (!!!) - vou a caminho de casa.
Meia hora em Bruxelas, uma hora e cinco minutos em Lisboa é uma das muitas medidas daquilo que nos separa da Europa.

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