quarta-feira, outubro 18, 2006

Aventuras aeroportuárias

Depois de uma experiência há duas semanas de 50 minutos numa bicha muito ordenada em pleno Aeroporto da Portela (daquelas por entre fitas de muitas cores que nos fazem andar para trás e para diante), na hora de ponta das 8 da manhã, para fazer um check in, ontem 2.ª feira resolvi usar os serviços do check in para passageiros só com bagagem de mão. Cheguei e ninguém à espera. Serviço pronto e rápido. Passando à segunda bicha, agora a da segurança, tudo também correu bem e eis-me a caminhar para a porta 13 para apanhar o TP 604 para Bruxelas. E, apesar de serem ainda 7.10 e o avião ser às 7.45, o embarque já estava a fazer-se. Bom sinal, vou chegar cedo a Bruxelas, pensei.
Desci as escadas por entre alguns baldes amarelos que recolhiam a água da chuva que caía (para quem não saiba o Aeroporto da Portela mete água e possivelmente já não vale a pena mandar arranjar porque a Ota está aí mesmo à vista ...) e quando me apresso a entrar no autocarro (pois é, os voos para Bruxelas geralmente nunca dão direito a manga...) a menina de serviço informa-me que está cheio e que vem já aí um outro. Encontro alguém conhecido, conversa-se e entretanto o autocarro cheio permanece na porta e nem sombras do 2.º autocarro. Atrás de mim a fila vai engrossando e há pessoas pelas escadas acima por entre os baldes amarelos. Aí a menina informa que o catering se atrasou e que por isso o avião ainda não está pronto para que o 1.º autocarro - cheio desde há uns bons dez minutos - possa arrancar. E aí a pergunta óbvia e que ficou sem resposta: se o catering ainda não estava pronto porque é que começaram a embarcar os passageiros no autocarro e os sujeitam a estarem -a maioria - de pé, num autocarro com as portas abertas num dia de chuva ?
Finalmente algum tempo depois lá parte e ficamos à espera do 2.ºautocarro. Começo a imaginar que se calhar ainda nos vai calhar o mesmo que fez o 1.º transporte, mas finalmente após uma boa meia hora de espera aparece um (pasme-se !) autocarro da Carris daqueles que costumam fazer a linha AeroBus entre o Aeroporto e a Baixa. Aí passou-me pela cabeça que a alteração das linhas da Carris em Lisboa com a introdução da carreiras 700 se tivessem estendido às ligações entre o terminal do Aeroporto e os aviões na placa; talvez chamando a essas carreiras a série 7000 e passando a ser a carreira 7001 a dos aviões para Bruxelas, a carreira 7002 a carreira para Paris, etc.
Lá se encheu o autocarro e lá se fez a viagem até ao avião. E aí a última surpresa, mas esta de registar positivamente: como estava a chover toda gente teve direito a entrar pela porta da frente do avião cuja escada era coberta.
Moral da história: A Groundforce é uma empresa do universo TAP que tem adjudicada a assistência em terra de várias companhias entre elas a TAP. Há dias li algures que o desempenho da empresa a colocava num lugar de destaque entre as empresas que fazem este tipo de serviço...
Conclusão: Apesar de tudo isto o avião só partiu 30 minutos depois do horário.

3 Comments:

Blogger Pitucha said...

O aeroporto mete água! Se fosse só esse o problema desse aeroporto...
Beijos

quarta-feira, outubro 18, 2006 8:20:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Depois desta narrativa, ri-me. Estamos tão habituados a que o país meta água por todos os lados, que já nem estranhamos.
Beijinhos

quarta-feira, outubro 18, 2006 4:29:00 da tarde  
Blogger Periférico said...

É caso para dizer que mete água em todos os sentidos! Pode não haver orçamento para que deixe de chover na Portela, mas no PIDDAC há verba para a linha de metro "fundamental" ao fim destes anos todos e com a OTA à vista para a Portela. Com jeito ainda arranjam umas composições de metro para ajudar nos embarques dos aviões em nome do príncipio da solidariedade nacional!

Beijos

quinta-feira, outubro 19, 2006 7:34:00 da tarde  

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