65 euros de mordomias
Aqui há uns meses Judite de Sousa na RTP-1 disparou contra Jorge Sampaio uma pergunta “simpática”: como é que ele se dava sem as mordomias do cargo de Presidente da República?
A questão foi na altura muito comentada até porque é bem sabido que em Portugal os políticos -não discuto se são bons ou maus - não recebem retribuição compatível com as responsabilidades que têm. Ainda recentemente tem sido notícia a magna questão do salário de Paulo Macedo como Director-Geral dos Impostos, muitas vezes superior ao do Presidente da República, mas afinal aquilo que ele recebia numa empresa privada à qual foi requisitado. Pois ele poderá não ser reconduzido nas suas funções pelo simples facto de existir o princípio da limitação dos salários dos dirigentes da administração pública ao auferido pelo Presidente da República. E com essa decisão administrativa ignoram-se os resultados por ele conseguidos - como é generalizadamente reconhecido - na maior eficiência da máquina fiscal, essencial à afirmação da nossa democracia.
Vem tudo isto a propósito do que acabo de ver na RTP-1. Jorge Sampaio é, no referendo de hoje, presidente de uma mesa de voto na sua freguesia de residência. É ele, como pode ser qualquer outro cidadão, e sobre isso apenas há a registar o gesto do ex-Presidente da República em aceitar cumprir aquela função. Já o que não se percebe é o comentário final da jornalista: Jorge Sampaio ainda não sabe o que vai fazer com os 65 euros, livres de impostos, que vai receber pelo serviço que hoje está a prestar. É caso para pensar que a "perguntadora", sem dúvida uma discípula dilecta de Judite de Sousa, não esqueceu a grave questão das mordomias do Presidente da República e quis juntar-lhe este caso dos 65 euros...
A questão foi na altura muito comentada até porque é bem sabido que em Portugal os políticos -não discuto se são bons ou maus - não recebem retribuição compatível com as responsabilidades que têm. Ainda recentemente tem sido notícia a magna questão do salário de Paulo Macedo como Director-Geral dos Impostos, muitas vezes superior ao do Presidente da República, mas afinal aquilo que ele recebia numa empresa privada à qual foi requisitado. Pois ele poderá não ser reconduzido nas suas funções pelo simples facto de existir o princípio da limitação dos salários dos dirigentes da administração pública ao auferido pelo Presidente da República. E com essa decisão administrativa ignoram-se os resultados por ele conseguidos - como é generalizadamente reconhecido - na maior eficiência da máquina fiscal, essencial à afirmação da nossa democracia.
Vem tudo isto a propósito do que acabo de ver na RTP-1. Jorge Sampaio é, no referendo de hoje, presidente de uma mesa de voto na sua freguesia de residência. É ele, como pode ser qualquer outro cidadão, e sobre isso apenas há a registar o gesto do ex-Presidente da República em aceitar cumprir aquela função. Já o que não se percebe é o comentário final da jornalista: Jorge Sampaio ainda não sabe o que vai fazer com os 65 euros, livres de impostos, que vai receber pelo serviço que hoje está a prestar. É caso para pensar que a "perguntadora", sem dúvida uma discípula dilecta de Judite de Sousa, não esqueceu a grave questão das mordomias do Presidente da República e quis juntar-lhe este caso dos 65 euros...
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